Saúde

20 anos de crescimento, mesmo com as crises

Saúde Maior completa duas décadas de assistência à saude; atualmente o plano conta com cerca de 20 mil associados e presta 8,5 mil atendimento ao mês

Há vinte anos, quando o Plano Real ainda engatinhava, o Brasil vivia grave crise em diversos setores, a saúde um deles. Com o dinheiro do governo federal não sendo repassado, os hospitais filantrópicos se viram diante da necessidade de criar saídas para não fecharem as portas. Uma delas foi a implementação de planos de saúde como o Saúde Maior, da Beneficência Portuguesa, que completa 20 anos de existência em um 2016 tão complicado quanto.

O presidente da instituição, Francisco Serra, afirma que o objetivo principal foi alcançado nessas duas décadas, com crescimento na abrangência de atendimento. Atualmente o Saúde Maior conta com 17 a 20 mil associados. Mensalmente são 8,5 mil pessoas atendidas via plano. Ele acrescenta que, por causa do pouco dinheiro, por um tempo os hospitais deixaram de pagar seus impostos, para que tivessem como manter funcionários e fornecedores. Em 2013, através do programa Pró-SUS, o governo assumiu as dívidas e locais como a Beneficência se livraram de tal peso.

Entretanto, a nova crise nacional e estadual tem prejudicado setor. “Você perde um emprego e começa a cortar as coisas. Não é que seja supérfluo, mas é menos prioritário”, diz Serra, reclamando também das exigências feitas em relação aquilo que, segundo ele, o governo não consegue cumprir. “É muito bonito isso de que a saúde é um direito de todos e dever do Estado. Mas quem paga? Não há dinheiro para manter tudo de graça, a não ser uma Suécia, que tem mais de 50% de imposto, mas tu não pagas saúde, transporte, nada. Aqui há falta de retorno.”

Serra afirma que a situação poderia ser muito pior se não houvesse em Pelotas municipalização plena - ou seja, se as verbas do governo federal fossem repassadas primeiramente ao Estado para só assim chegarem às cidades. Isso porque, segundo ele, o dinheiro da União nunca deixou de chegar a Pelotas, estando o problema nos valores estaduais: desde o início de 2016 apenas um mês foi recebido de um recurso utilizado para abastecer as UTIs dos hospitais.

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